Admirando a beleza do Bastião dos Pescadores e a vista de Peste
Vou compartilhar com você nosso roteiro de 7 dias em Budapeste, que sem dúvidas foi para a lista das cidades mais bonitas que já conheci. Estou um pouco repetitiva pois já falei disso em outros posts. Mas, Budapeste me impressionou muito. Tudo lá é encantador e lindo, desde os monumentos, a arquitetura, sua importância histórica, a limpeza, até as pessoas que além de lindas são gentis e simpáticas.
Nós passamos 7 dias em Budapeste em agosto de 2021, por isso, vou te sugerir o que fazer na capital húngara baseado no que vimos por lá. Desde já explico que nossa viagem foi de férias e descanso, dessa forma não ficamos naquela correria para conhecer tudo e dormimos bastante pelas manhãs. Sim, somos um casal de dorminhocos! Resumindo, o roteiro de 7 dias em Budapeste que fizemos pode ser feito em 5 dias numa boa! Fomos em 13 de agosto, mas nem vou contar esse dia porque pegamos um voo em Madrid quando já era tarde e chegamos ao aeroporto Budapeste-Ferenc List às 23h40.
Também conhecida como Ponte Széchenyi, é uma das pontes mais famosas por ser a mais antiga da cidade. Sua construção durou por cerca de 20 anos e foi inaugurada em 1849. Sendo a primeira forma de ligação entre as antigas cidades Buda e Peste, na época foi tida como uma das maravilhas da engenharia e símbolo de modernização e democratização.
Porém, a ponte que vemos hoje não é a original, pois no final da Segunda Guerra Mundial os alemães destruíram as pontes de Budapeste antes de abandonarem a cidade, com o intuito de atrasar o avanço do Exército Vermelho. A ponte atual foi reinaugurada em 1949.
A ponte possui duas vias, sua extensão é de 380m e 14,8m de largura, no total foram utilizadas 5.200 toneladas de ferro em sua construção.
Em frente à ponte do lado Peste da cidade está a Praça Széchenyi István (antiga Praça Roosevelt) onde fica o Palácio Gresham, com uma bela arquitetura Art-nouveau, onde hoje funciona um hotel de luxo. Enquanto do outro lado da ponte, está a Praça Adam Clark.
Como nem sempre as coisas acontecem como o planejado, quando chegamos à Ponte das Correntes estava tudo interditado, ela estava em reforma e não tivemos acesso à ela. Portanto, não conseguimos vê-la direito e muito menos atravessá-la como queríamos. Como estávamos ali, acabamos utilizando o primeiro ônibus que apareceu e demos uma grande volta para chegarmos ao lado Buda da cidade.
Dica: Se quando você for, a ponte já estiver liberada, sugiro visitá-la também à noite, pois já vi cada foto maravilhosa dela toda iluminada.
Na Clark Ádám tér, ou Praça Adam Clarck, está localizado o marco do Quilômetro Zero, a partir dele que todas as distâncias da Hungria são medidas.
É desta praça que sai o Funicular para a Colina de Buda. Além disso, os ônibus partem dali para a colina e se você quiser subir a pé, é nesse ponto que terá o acesso às escadas. Apesar de não ser uma praça grande, é um ponto bem movimentado, tem uma rotunda florida, um belo túnel ao fundo e uma excelente vista para a Ponte das Correntes.
Também conhecida como Colina de Buda, pois está localizada no lado Buda da cidade, esse distrito tem várias atrações e lugares lindos para visitarmos. Alguns dos pontos turísticos mais famosos em Budapeste ficam nesta colina.
O ideal é tirar uma tarde ou mesmo um dia inteiro para curtir a Colina, afinal lá tem muita coisa interessante para se ver. Entre elas:
Como esse é um lugar importante e fascinante, escrevi tudo sobre ele em um post à parte, portanto, se quiser mais detalhes de como chegar e do que fazer por lá, clique aqui: O que ver na Colina do Castelo de Budapeste.
Essa enorme praça (Erszébet tér) fica bem no centro de Budapeste, como nosso hotel ficava próximo à ela, passamos por ali quase todos os dias. Além disso, o local é super movimentado, tem bares, feiras e vários eventos acontecem nesse espaço que mais parece um parque. Um dos pontos turísticos mais procurados na cidade fica na Praça Elizabeth, a famosa roda gigante.
No primeiro dia, após sairmos da Colina de Buda nós paramos em um bar chamado Fröccsterasz que fica nessa praça, tomamos uns drinks e ficamos ali até anoitecer, quando voltamos para o hotel.
A roda gigande também é conhecida como Budapest Eye, “Olho de Budapeste”. De onde se tem vistas panorâmicas da capital húngara e se pode apreciar a cidade de outro ângulo, tanto de dia quanto a noite.
O Parlamento é sem dúvidas uma visita indispensável para quem visita Budapeste. Além de grandioso, tem uma arquitetura maravilhosa e por dentro é ainda mais majestoso. Fiquei tão encantada com esse local e tem tantos detalhes, que dediquei um post inteiro a ele. Portanto, se quiser detalhes sobre um dos prédios mais bonitos do mundo, clique aqui: Parlamento de Budapeste e saiba por que vale a pena visitá-lo.
Essa praça fica em frente ao Parlamento, foi reconstruída e modernizada entre 2012 e 2014. Um espaço enorme, com parque sustentável e onde fica o Centro Subterrâneo de Visitantes ao Parlamento. Ficam nessa praça os prédios do Ministério da Justiça, do Ministério da Agricultura e do Museu de Etnografia. Além disso, tem grandes estátuas espalhadas pela praça que homenageiam personagens históricos da Hungria e há ainda o Lapidarium, uma exposição sobre a história da construção do Parlamento.
Após sairmos da praça Kossuth, passeamos pelas margens do Danúbio admirando esse belo rio que tem grande importância por aqui. Tanto que em 1987 foi incluído como Patrimônio Mundial da UNESCO. Com aproximadamente 2.888km de extensão, é o segundo rio mais longo da Europa. O rio Danúbio nasce na Floresta Negra, na Alemanha e desagua no Mar Negro, na Romênia.
O Danúbio além de ser favorável à navegação, ser rico em fauna e vegetação, é divisa natural de 10 países e atravessa algumas capitais, entre elas Belgrado (Sérvia), Bratislava (Eslováquia), Budapeste (Hungria) e Viena (Áustria).
Em Budapeste sua beleza especialmente chama a atenção, pois o rio Danúbio atravessa toda a cidade. Ou melhor, ele é que separa as antigas cidades de Buda e Peste, que junto com a antiga “Óbuda” formam hoje uma única cidade, a capital húngara Budapeste. Além disso, é possível fazer um cruzeiro pelo Danúbio e também admirá-lo de suas margens, das belas pontes e no entorno da Ilha Margarida.
Uma curiosidade, em húngaro o rio Danúbio é chamado de Duna e em alemão é chamado de Donau.
Também conhecido como “𝑺𝒂𝒑𝒂𝒕𝒐𝒔 à𝒔 𝒎𝒂𝒓𝒈𝒆𝒏𝒔 𝒅𝒐 𝑫𝒂𝒏ú𝒃𝒊𝒐”, esse memorial fica próximo ao Parlamento, bem à margem do rio Danúbio. Ao todo são 60 pares de sapatos esculpidos em ferro que foram instalados ali em 2005, idealizados pelo cineasta Can Togay e projetados pelo escultor Gyula Pauer.
Este monumento foi criado em homenagem aos judeus húngaros que foram mortos em 1944-45 pelos milicianos do partido fascista Arrow Cross, que seguia os mesmos ideais de Hitler.
𝑽𝒐𝒄ê 𝒅𝒆𝒗𝒆 𝒆𝒔𝒕𝒂𝒓 𝒔𝒆 𝒑𝒆𝒓𝒈𝒖𝒏𝒕𝒂𝒏𝒅𝒐, 𝒎𝒂𝒔 𝒑𝒐𝒓𝒒𝒖𝒆 𝒔𝒂𝒑𝒂𝒕𝒐𝒔?! 𝑷𝒐𝒓𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒍𝒆𝒔 𝒓𝒆𝒎𝒆𝒕𝒆𝒎 à𝒔 𝒂𝒕𝒓𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝒔 𝒅𝒐 𝒉𝒐𝒍𝒐𝒄𝒂𝒖𝒔𝒕𝒐?
Muitos judeus foram enfileirados às margens do rio Danúbio e, antes de serem fuzilados, tinham que tirar os sapatos. Isso porque com a Segunda Guerra Mundial os sapatos tornaram-se artigo de luxo e os milicianos aproveitavam para vendê-los.
Hoje, o monumento tornou-se um memorial onde as pessoas deixam flores, velas e prestam homenagens às vítimas do Holocausto. A sensação de estar ali, imaginar toda angustia e sofrimento vivido nesse local, ao ver até mesmo sapatos infantis e saber que até mesmo crianças passaram por tamanha maldade, chega a dar um nó na garganta.
Como nós estávamos no Memorial dos Sapatos, fomos caminhando até a rua Zrínyi U. que tem uma vista linda da Basílica.
Essa basílica é enorme, com grande valor histórico e artístico. Tem capacidade para 8.500 pessoas, sua cúpula, assim como a do Parlamento, tem 96 metros de altura. Construída em estilo neoclássico, entre os anos 1851 e 1905, sim, foram 54 anos de obras.
Em 1931 o Papa Pio XI concedeu à igreja o título de “basílica menor”.
Já em 1993 o Papa Joao Paulo II elevou a basílica ao posto de co-catedral da Arquidiocese.
É possível acessar o mirante no alto da torre direita da Basílica. Dizem que a panorâmica de Budapeste vista deste ângulo é linda. São 364 degraus até o topo, mas também tem a opção de usar o elevador.
Considerada uma relíquia sagrada, no interior dessa basílica está a mão direita mumificada o rei Estevão I da Hungria.
Não chegamos a entrar, como estava bastante calor aproveitamos para nos refrescar e descansar um pouco num bar em frente à igreja. Aliás, ali tem uma praça com vários bares e restaurantes bem convidativos.
Parte interna da Basílica:
Área do Mirante:
The Fat Policeman Statue – Dizem que essa estátua do policial barrigudinho foi feita no ano 1900 em homenagem a um policial muito simpático que patrulhava a região.
Reza a lenda que o motivo de tanta simpatia e felicidade era a deliciosa comida húngara. Além disso, há uma superstição que diz que se você passar a mão na barriga dele terá sorte no amor e se “ajeitar” o bigode da estátua, terá sorte na vida! Se reparar na foto, a barriga do policial está até com uma cor diferente do restante, de tanto que as pessoas esfregam as mãos ali.
Essa escultura fica em uma esquina da Zrínyi U. bem próxima da Basílica de Santo Estevão.
Já mencionei os bares de ruinas no post Budapeste, a jóia do leste europeu. Sugiro que você conheça ao menos um deles quando estiver na cidade, são bem interessantes. O SzimplaKert é o bar de ruínas mais antigo e achei bem diferente de tudo que eu já havia visitado em termos de pubs e bares. Se você não curte sair à noite, pode visitá-lo durante o dia também, provavelmente terá uma proposta diferente, mas deve ser legal também.
Aliás, para quem quer aproveitar a noite, o 7º distrito é o local mais badalado de Budapeste, onde estão a maioria dos bares de ruína.
Ao lado do SzimplaKert fica o Karavan, um espaço com food trucks e várias opções de comida de rua. Se estiver por ali, vale apena provar uma das iguarias da culinária húngara de forma mais tradicional e econômica.
A gente adora visitar mercados quando conhece uma nova cidade e não foi diferente dessa vez. Fomos conhecer o Mercado Central de Budapeste e amamos. Se você também gosta de desse tipo de passeio, inclua em seu roteiro que vale a pena. Tem de tudo um pouco, mas a variedade de pápricas é impressionante.
🔹 Em húngaro o local é conhecido como Nagyvásárcsarnok (Grande Mercado Municipal);
🔹Inaugurado em 1897 após três anos de obras;
🔹 O prédio foi muito danificado durante a Segunda Guerra Mundial e teve a primeira reconstrução realizada na segunda metade do séc. XX;
🔹 A reconstrução foi precária e, por isso, o Mercado Central teve de ser encerrado em 1991 devido ao risco de desabamento;
🔹 Em meados dos anos 90 passou por uma renovação completa, respeitando o traçado original.
Apesar de ser a mais curta das pontes de Budapeste, é a mais movimentada e fica bem próxima ao Mercado Central. Construída entre 1894 e 1896, ela também liga o lado Buda ao lado Peste, cruzando o rio Danúbio.
Mesmo tendo menos de 150 anos, a ponte já foi reconstruída, pois assim como as outras pontes da cidade na época, foi destruída pelas tropas alemãs ao final da Segunda Guerra Mundial. Sendo reinaugurada em 1946.
No topo dos pilares dessa ponte estão as estátuas de Turul (um tipo de falcão), que tem grande importância na mitologia húngara, simbolizando poder, força e nobreza.
Em frente ao Mercado Central fica essa bela praça, onde encontramos lojas de souvenirs, bares, restaurantes e um ambiente bem agradável. Inclusive, indico o Ana Café, onde descansamos e nos refrescamos com ótimos drinks.
Ao sair da Praça Fövám, fomos caminhando pela Váci utca, uma das ruas mais turísticas e famosas de Budapeste. Cheia de lojas, cafés e uma bela arquitetura que fazem valer a caminhada.
Ao final da Váci utca está a praça Vörösmarty, onde acontecem algumas feiras e festas da cidade. Ao redor da praça há várias lojas, bares e cafés tradicionais e modernos, como por exemplo o Café Gerbaud e o Hard Rock Café. No centro dela há uma impressionante estátua de Mihály Vörösmarty, um famoso poeta húngaro. Lugar excelente para desfrutar de bons momentos em Budapeste.
Caso não queira ir andando com fizemos, há uma estação de metrô no início da praça.
O palácio da Ópera Estatal Húngara em estilo neorrenascentista chama atenção por si só. Foi projetado por Miklós Ybl e inaugurado em 1884 e é um dos monumentos históricos mais importantes da capital húngara. Infelizmente, quando fomos estava fechado para reforma. Mas, foi reaberta em 12 de março de 2022 e já pode ser visitada, penso que vale a pena conhecer essa preciosidade e eu já tenho mais um motivo para voltar em Budapeste.
Declarada Patrimônio Mundial pela UNESCO em 2002, essa avenida tem muita história e beleza. Passear por ela é como viajar no tempo, além do prédio da Ópera, há várias casas e palácios com belas arquiteturas. Além disso, há muitas lojas de luxo nessa avenida que também é chamada de “Champs-Elysées Húngara”.
Como esse foi um dos dias que mais andamos, terminamos a noite no Gozsdu Udvar, um espaço com vários restaurantes e bares. Recomendo bastante esse local, ali você terá diversas opções e com certeza desfrutará de bons momentos.
Nós acordamos bem tarde esse dia, saímos do hotel já na hora do almoço e fomos direto ao restaurante Vintage Garden, uma delícia de lugar que detalhei no post Onde comer em Budapeste?
A capital da Hungria tem uma grande quantidade de termas, como mencionei em posts anteriores, por dia chegam à superfície da cidade mais de 70 milhões de litros de águas termais.
Você terá excelentes opções de termas para desfrutar de bons momentos quando estiver por lá. Nós fomos à Termas Szechenyi, que além de ser a maior de casa de banhos termais de Budapeste, é belíssima e super indico. Ficamos lá até o final do dia e escrevi os detalhes e informações desse lugar no post sobre o Parque Városliget.
Como nós saímos da Termas já era 19h, fomos ao hotel para trocar de roupa e mais tarde saímos para conhecer outro bar de ruína que nos indicaram. Esse é mais parecido com danceteria, tem vários ambientes com estilos de música para quase todos os gostos. Passamos bons momentos ali e a noite foi bem divertida.
Também conhecido como Parque da Cidade é o principal lugar de lazer em Budapeste. O tipo de lugar que a gente fica horas e nem vê o tempo passar. Vale a pena inserir em seu roteiro por Budapeste. Entre outras coisas, nesse parque estão o Castelo Vajdahunyad, o Zoológico e Jardim Botânico, a capela Jaki Chapel, um belo lago, o Capital Circus (único circo de pedra da Europa Central) e o Balneário Széchenyi que fomos no dia anterior. Saiba todos os detalhes lendo o post: Parque Városliget – Um oásis em Budapeste.
Essa é uma das praças mais importantes de Budapeste. Nela está o Memorial do Milênio, cuja construção iniciou em 1986 em comemoração aos mil anos do país. Também falei sobre ela no post do parque, fica na entrada principal do Parque Városliget.
Quase em frente ao Museu de Belas Artes há um ponto de ônibus, onde pegamos um que atravessou a cidade e nos levou ao lado Buda, nos deixando perto do Monte Gellert. A princípio, a ideia era subir para a Citadella caminhando, porém após subirmos a primeira escadaria e pararmos num pequeno mirante, acabamos desistindo devido ao calor que estava fazendo e também, porque não tínhamos certeza se estaria aberto para visitação.
Acabamos mudando os planos, descemos pelo lado da Cachoeira Gellért Hill (Gellért-hegyi vízesés) de onde se tem vistas lindas da Ponte Elizabeth (Erzsébet híd) e fomos para a Ilha Margarida.
Mas, ainda espero voltar para conhecer a Citadella que é o ponto mais alto de Budapeste e nessa fortaleza há um bunker da Segunda Guerra Mundial que foi conservado para visitas turísticas
Você sabia que em Budapeste tem uma ilha?! Isso mesmo, a Ilha Margarida fica em meio ao rio Danúbio entre os lados Buda e Peste. Ao todo a Ilha tem 2,5 km de comprimento e uma área de 0,965 km2. Tem vários bares e restaurantes e é um lugar ideal para piqueniques, caminhadas e para desfrutar de bons momentos.
Como não é permitida a entrada de carros, para chegar lá há um ônibus ou se pode ir a pé. Nós fomos de Tram até o ponto mais próximo e caminhamos pela Ponte Margarida até a ilha. Para percorrer a ilha tem opções de aluguel de bicicletas, de carros elétricos (tipo de Golf), além de um trem turístico e da linha 26 do ônibus que atravessa a ilha.
O nome da ilha é uma homenagem à Margarida (Margit, em húngaro), filha do rei Bela IV da Hungria. Ela era freira e viveu no convento dominicano que existia na ilha, foi canonizada pela igreja católica em 1943.
Durante a Segunda Guerra Mundial, em várias cidades da Europa, os judeus foram forçados a morar em regiões específicas, que mais serviam como prisões, pois eles eram isolados, sem recursos e normalmente em locais com pouca infraestrutura. Em Budapeste não foi diferente, estima-se que 60 mil judeus viveram em condições precárias nesse bairro que atualmente foi revitalizado, abriga estudantes, artistas e é o principal centro de cultura da cidade. Nele que ficam os dois bares de ruinas que mencionei anteriormente, aliás, foi no bairro judeu que iniciaram essa ideia que hoje se espalhou por outras partes da cidade. Vale a pena passear pelas ruas desse bairro, principalmente se você gosta de história. Há também opções de passeios guiados pelo bairro judeu que deve ser bem interessante.
A Sinagoga da rua Dohány, com costuma ser chamada, é a maior sinagoga da Europa, segunda maior do mundo, sendo que a primeira é a de Nova Iorque. O interior da Sinagoga de Budapeste tem capacidade para cerca de três mil pessoas, sendo 1.497 assentos destinados aos homens e 1.472 destinados às mulheres. Construída entre 1854 e 1859, tendo sofrido com bombardeios da Segunda Guerra Mundial, ficou um bom tempo abandonada e foi restaurada anos mais tarde.
No pátio de trás da Grande Sinagoga vemos o Raoul Wallenberg Holocaust Memorial Park que abriga o Memorial dos Mártires Judeus Húngaros. Onde estão sepultados aproximadamente 2.600 judeus que morreram durante o holocausto.
É possível visitar a Sinagoga entre domingo e sexta-feira, aos sábados e feriados judaicos ela é fechada. Como há diferentes horários de acordo com as estações do ano, o ideal é você verificar horário de funcionamento e valores atualizados no site oficial da Grande Sinagoga.
Nós não chegamos a visitar a Sinagoga por dentro, tínhamos outros planos e a fila estava enorme. Mas, demos a volta para apreciar a arquitetura com seus tijolos coloridos que é bem linda e chamativa. Em estilo romântico, com elementos neomouriscos e neobizantinos, essa bela obra serviu de modelo para outras sinagogas. Acabamos parando para tomar um café da manhã no restaurante em frente e ficamos na parte externa admirando a fachada da Grande Sinagoga com suas duas torres com cúpulas negras e douradas que achei belíssimas.
O post anterior foi dedicado a esse museu e lá eu disse que foi o mais impressionante que já visitei. Sem dúvidas um tipo de visita que marca a gente e nos faz repensar muitas coisas e também nos faz ver como a crueldade do ser humano não tem limites. Se você gosta de conhecer fatos históricos, baseados em estudos e pesquisas sérias, sugiro que faça essa visita caso esteja na cidade. E, claro, antes leia meu post Holocaust Memorial Center, uma experiência transformadora.
Logo após sairmos do Memorial do Holocausto, eu confesso que não tinha ânimo para fazer mais nada. Apenas caminhamos pelas ruas da cidade ainda absorvendo tudo o acabamos de ver. Andamos tanto que chegamos novamente no Parque Elizabeth, onde paramos para comer comida de rua antes de voltarmos para o hotel e descansar o resto da tarde.
A noite fomos ao Spa Balinese, eu havia reservado com antecedência o pacote de massagens “Bali para Casal”. Ao todo foram 2 horas de massagens, sendo 90 minutos de massagem balinesa para nós dois, mais 30 min de massagem facial com biocream para mim e para o Rafa mais 30 min de massagem nos pés. Após as massagens nos oferecem frutas, chá chinês, chocolate e champanhe numa área de relaxamento à luz de velas.
O atendimento é feito em um quarto onde há duas camas próprias para massagem, uma pia e um banheiro com produtos separados para nos lavarmos depois e retirarmos o óleo. Tudo organizado e bem decorado e o atendimento foi ótimo, recomendo. Realmente não é muito barato, mas vale a pena nos darmos esse luxo de vez em quando. Pagamos 40.700 Ft (R$536,00 / 104 €) pelo pacote para o casal.
Ah! Um detalhe bobo, mas que rendeu boas risadas foi a “calcinha” descartável que eles nos deram para vestir. Tá bom, eu sei que isso não deveria ser motivo de risos, mas ver o Rafa vestindo aquilo foi impagável e sim, foi difícil nos controlarmos e parecermos pessoas adultas no início, nos julguem!
Na volta para o hotel, vimos que havia uma festa com shows e muito movimento na praça. Como era nossa última noite na cidade, aproveitei para assistir um pouco de blues e jazz antes de ir embora.
Essa Cafeteria é considerada a mais bonita do mundo e eu não podia deixar de visitá-la. Ela tem mais de 120 anos de história, exala luxo e beleza, num ambiente pra lá de encantador. Se quiser mais detalhes leia o post Café New York.
Depois que saímos do Café New York, passeamos novamente pela Praça Vörösmarty onde estava acontecendo uma feira com várias comidas, produtos e apresentações de danças típicas. Estava bem cheio esse dia e aproveitamos para passar numa loja de souvenirs, que sempre me atraem.
Voltamos ao hotel para pegarmos nossas malas e às 13h fomos para o aeroporto de ônibus (100 E), que pegamos no ponto próximo à Praça Elizabeth. O trajeto durou 30 min. e nosso voo saiu às 16h30.
Espero que tenha gostado. Como eu disse no início, quase todos os dias nós dormimos até tarde e já saíamos do hotel entre 11h e 12h. Portanto, se você gosta de acordar cedo e tem disposição para andar bastante, com certeza vai fazer esse roteiro de 7 dias em Budapeste em apenas 5 dias. Se tiver alguma sugestão de lugar para visitar na cidade que eu nao mencionei, comenta aqui para eu inserir no meu próximo roteiro.
Bjux, e até a próxima!
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Esta postagem foi modificada pela última vez em: 29 de setembro de 2022 23:50
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