Planejando uma viagem para a capital portuguesa? Se ainda não definiu o que ver em Lisboa, vou te contar o que vi e o que ainda pretendo ver por essa bela cidade.
Rafa e eu fomos à Lisboa em abril do ano passado (2022). Na verdade, eu havia pensado em tudo sobre essa viagem, fiz um roteiro cuidadosamente planejado, onde a ideia era explorar as principais atrações de Lisboa e vivenciar o melhor que a cidade tem a oferecer. Porém, quando chegamos em Lisboa a cidade nos contagiou de tal maneira que resolvemos deixar o roteiro de lado e simplesmente curtirmos tudo ao máximo.
Às vezes deixar o planejamento de lado é bom, apesar de a gente acabar não vendo tudo que imaginava ver num local, sempre descobrimos coisas interessantes e a sensação de liberdade é ótima.
Nós fizemos essa viagem de carro e nesse dia estávamos em Costa Nova, ao lado de Aveiro. Saímos de lá por volta das 13h e chegamos ao hotel em Lisboa às 16h15. Descansamos um pouco, nos arrumamos e aproximadamente às 18h saímos para conhecer a cidade.
Deixamos o carro no hotel e fomos de metrô até à estação Baixa-Chiado, onde saímos em frente ao Café A Brasileira do Chiado, uma cafeteria tradicional fundada em 1905 que ficou ainda mais famosa por causa do poeta Fernando Pessoa que era assíduo cliente e, por isso, em 1980 o homenagearam com uma escultura em bronze sua sentada numa das mesas da calçada do Café.
Quando chegamos o local estava muito cheio e não havia lugar para sentarmos, eu sou do tipo que fica mal humorada quando estou com fome, por isso, nem tive ganas de tirar uma foto decente da estátua naquele momento, pensei que voltaríamos ali, ledo engano. Assim, já tenho um motivo para voltar à Lisboa, preciso sentar e tomar um bom café com “Fernando Pessoa”, ele faz tanta questão da minha presença que te garanto que está sentadinho me aguardando e como é bom de prosa, aposto que aguarda por você também, rs. 😉
Brincadeiras à parte, nós seguimos em busca de um local para comermos e a maioria dos bares estavam bem lotados, apesar de ser dia de semana. Claro, além de ser uma cidade turística, estava um dia lindo de primavera, o clima agradável era bem convidativo e esse é considerado o bairro mais boêmio de Lisboa.
Finalmente, encontramos um belo restaurante de frutos do mar no Largo Rafael Bordalo. O restaurante Mar ao Largo foi uma grata surpresa. A princípio ficamos na área externa e pedimos umas bebidas, mas ao vermos as opções do cardápio, não resistimos e passamos para a parte interna do restaurante onde saboreamos o delicioso arroz de marisco, uma das especialidades da casa. O lugar é bem charmoso, o atendimento foi excelente e, mesmo sem planejarmos, tivemos um jantar romântico onde desfrutamos de momentos bem agradáveis. Super recomendo esse restaurante.
Saímos do restaurante, passeamos um pouco pelas ruas do bairro Chiado, vimos o prédio do Teatro da Trindade todo iluminado e voltamos de metrô para o hotel. Antes paramos no supermercado da estação que descemos e compramos uma garrafa de vinho e uma caixa de bombons Garoto, tão comum no Brasil, mas para nós que moramos na Espanha é mais difícil de encontrar, e quando encontramos quase não compensa pelo alto valor.
Como somos dois dorminhocos, somente saímos do hotel por volta de 11h e paramos numa padaria que havia ali perto para tomarmos um bom café da manhã. Fiquei toda empolgada em ver vários salgadinhos iguais aos do Brasil, coisa que não acontece na Espanha. Em seguida fomos para o famoso bairro Belém.
No post anterior, contei sobre O que ver em Belém, distrito de Lisboa. Por isso, aqui somente citarei rapidamente os lugares que acho interessantes ver quando estiver lá:
Considero Belém um local imprescindível para conhecer quando se está em Lisboa. Por isso, sugiro que dê uma olhadinha no post anterior para saber os detalhes desses pontos turísticos tão importantes em Lisboa. Ficamos lá até às 16h30, depois tomamos o bonde 15 e fomos para o bairro da Baixa.
Um dos pontos mais emblemáticos de Lisboa, a Praça do Comércio, também conhecida por seu antigo nome Terreiro do Paço, é enorme, linda e fica às margens do rio Tejo.
Vale dizer em 1755 ocorreu uma catástrofe natural na qual um grande terremoto seguido de um tsunâmi destruiu boa parte da cidade de Lisboa e de outras cidades do litoral sul de Portugal e da Espanha, atingiu também algumas cidades do Marrocos. Nesse local, onde hoje existe a Praça do Comércio, ficava o Palácio Real (Paço da Ribeira) que foi destruído pelos abalos sísmicos e pelo tsunâmi. Inclusive, lastima-se a perda de sua biblioteca que contava com mais de 70 mil volumes e diversas obras de arte acumuladas ao longo de 250 anos pela família real portuguesa.
Com o projeto de reconstrução de Lisboa, o antigo palácio serviu de inspiração para a construção dos edifícios que envolvem a praça. Ao todo são 79 arcos nesses edifícios que atualmente abrigam alguns departamentos do governo, hotéis, cafés, restaurantes e bares.
No centro da praça há uma grande estátua equestre de D. José I, obra de Joaquim Machado de Castro, erguida em 1775. Foi a primeira obra desse estilo a ser feita em Portugal.
Como eu mencionei a praça é enorme, por isso muitos eventos são realizados nesse espaço, além disso essa praça foi palco de vários fatos históricos importantes.
Fomos ao restaurante, café bar Cais 1929 onde pedimos uma caipirinha e algumas cervejas para refrescar, merecido após o dia todo andando no calor. Esse bar é uma delicinha, com belas vistas para o Cais e, para surpresa nossa, ele tem uma saída para a Estação Fluvial de Lisboa, um edifício que foi reformado a pouco tempo, com uma linda arquitetura, me encantei pelos painéis de azulejos com brasões portugueses.
Pelo que soube, essa estação no Terreiro do Paço foi construída em 1932, segundo o projeto do arquiteto Cottinelli Telmo e funcionou até o ano de 2011. Em 2012 passou a ser considerada monumento de interesse público. Já entre final de 2019 e abril de 2021 foi remodelada pela arquiteta Ana Costa, neta de Cottineli. O interessante é que a arquiteta resgatou muitos elementos do projeto original de seu avô.
É dessa estação que partem os cruzeiros fluviais pelo rio Tejo.
Um belíssimo arco triunfal que liga a rua Augusta à grandiosa Praça do Comércio em Lisboa. Este arco é considerado a entrada para o bairro da Baixa de Lisboa.
Sobre o arco triunfal da Augusta:
🔹 Sua construção foi encomendada após o terremoto de 1755 que devastou a cidade. O arco é um símbolo da reconstrução de Lisboa e foi inaugurado em 1875.
🔹Na parte superior do arco estão esculturas que representam a Glória coroando o Génio e o Valor.
🔹 Na parte inferior esculturas que representam: Nuno Álvares Pereira, Viriato, Vasco da Gama e o Marquês do Pombal.
🔹As esculturas das laterais representado o rio Tejo (lateral esquerda) e o rio Douro (lateral direita).
🔹No topo do arco há um texto em latim sobre a grandiosidade do Império Português e suas importantes descobertas.Somente ao escrever esse post descobri que é possível visitar a parte superior do arco, me parece um belo mirante e deve ter vistas privilegiadas da praça e arredores. O valor da visita é de 3,50 euros por pessoa.
Somente ao escrever esse post descobri que é possível visitar a parte superior do arco, me parece um belo mirante e deve ter vistas privilegiadas da praça e arredores. O valor da visita é de 3,50 euros por pessoa.
Acredito que essa seja a rua mais famosa e popular de Lisboa, ela tem início no arco triunfal e liga as praças do Comércio e do Rossio.
Só por curiosidade, a palavra “augusta” é um adjetivo que tem esses significados: majestoso, que merece respeito, magnífico, de grande imponência. Dessa forma, o nome dessa rua é uma homenagem à “Augusta” figura do rei D. José I.
Mas, voltando ao que vi por lá. Trata-se de uma rua bem longa, pela qual não passam carros, o que favorece ao comércio, pois há lojas de roupas, de souvenirs, de calçados, de maquiagens, joalherias e perfumarias, bares, confeitarias, sorveterias e restaurantes. Tem de tudo um pouco nessa rua.
Inclusive, me chamou atenção que havia muitas pessoas oferecendo drogas, sim, isso mesmo, em plena luz do dia, como se estivessem vendendo pão. Simplesmente chegavam falando mais baixo e perguntando: Marijuana? Haxixe? Pó?! Eu fiquei na dúvida se escrevia ou não sobre isso, mas como gosto de compartilhar o que vivi durante minhas viagens, acho válido contar isso também. Mas, que fique claro, não houve em nenhum momento coação ou mesmo pressão para comprarmos nada. Simplesmente nos ofereciam, respondíamos “não, obrigada!” e seguíamos. Nada ameaçador ou perigoso, ok?! Mas, achei estranho pela quantidade de pessoas oferecendo isso e por ser de dia.
Ainda na rua Augusta, mais precisamente no número 106, fica a charmosa Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau. Mas, não é qualquer pastel (ou bolinho) de bacalhau, é uma iguaria recheada com o delicioso queijo Serra da Estrela DOP.
Resumindo, para os amantes de queijos como eu: São queijos com Denominação de Origem Protegida (DOP), feitos com leite de ovelhas da raça Bordaleira, típicas da Serra da Estrela, em Portugal. Um dos queijos mais saborosos que já experimentei na vida.
Inaugurada em 2015, a Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau nos proporciona uma explosão de sabores e oferecem uma experiência tipicamente portuguesa com o trio: pastel de bacalhau, queijo Serra da Estrela e vinho do Porto.
Além disso, a decoração é puro encanto, quem gosta de obras de arte pode se deleitar com elementos arquitetônicos clássicos, pinturas, esculturas, música e literatura.
Mas, o “espetáculo” principal, a meu ver, é poder acompanhar a confecção dos famosos pastéis. Há outras unidades da Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau em Lisboa e em outras cidades de Portugal, inclusive em Aveiro, uma cidade que me encantou.
Depois de nos deliciarmos com os pastéis de bacalhau, continuamos passeando pela rua Augusta, paramos em alguns bares até entramos numa rua ao lado, que nos levou à rua dos Sapateiros, outra rua cheia de encantos e história.
Seguimos caminhando pelas ruas do centro histórico, vimos o Elevador de Santa Justa, não subimos por ele, pois já era tarde e queríamos voltar no dia seguinte com mais calma.
Passeamos por várias ruas até chegarmos à Praça D. Pedro IV, também conhecida como Praça do Rossio.
No centro dessa praça há uma estátua de D. Pedro IV, rei de Portugal e Algarves por um pequeno período no ano de 1826 e primeiro Imperador do Brasil. Sim, aquele D. Pedro I que estudamos na infância, como passou a ser chamado após declarar a Independência do Brasil. Conhecido como “o Libertador” e como “Rei soldado”, D. Pedro I foi Imperador do Brasil entre 1822 e 1831, quando abdicou do trono brasileiro. Em seguida retornou à Europa, onde travou uma guerra contra seu irmão, D. Miguel, a fim de recuperar o trono português que pertencia à sua filha D. Maria II. Dom Pedro I, com o apoio dos liberais, venceu a guerra em 1934 e morreu logo em seguida de tuberculose.
Voltando à praça, a estátua, inaugurada em 1870 é feita em bronze, representa D. Pedro I e IV com uniforme de general e com o manto da realeza. Está no alto de uma coluna de pedra sobre um pedestal de mármore que tem 4 figuras femininas em sua base. Pelo que li, essas figuras representam qualidades atribuídas a Dom Pedro: Justiça, Prudência, Fortaleza e Moderação.
Ao todo o monumento tem 27,5 metros de altura e chama a atenção de quem passa por ele.
Ainda nessa praça há duas fontes gêmeas, uma ao norte e outra ao sul da praça, que é bem grande.
Achei esse edifício tão lindo, estávamos passeando pela Praça do D. Pedro IV quando o vi ao fundo, todo imponente.
O edifício original, inaugurado no aniversário da rainha D. Maria II em abril de 1846, sofreu um incêndio em 1964 que poupou somente suas paredes exteriores. Precisou ser reconstruído, mas mantiveram o estilo neoclássico original, sendo reinaugurado em 1978.
Em frente à Praça Dom Pedro IV fica esse arco que é bem menor que o arco da Augusta, mas também tem uma bonita arquitetura. Ele foi construído ao final do século XVIII como uma cópia de outro arco que existia no lado oposto da praça, onde atualmente está o prédio do Teatro Nacional. Esse arco liga o Rossio à rua dos Sapateiros.
Tomamos um ônibus em frente à praça, na estação Rossio, chegamos ao hotel por volta de 20 horas e como estávamos exaustos de tanto andar, desistimos de sair à noite e pedimos pizza no hotel mesmo.
Como se costuma dizer em Minas Gerais: Dormimos mais que a cama! Por isso, saímos do hotel já eram 12h30. Conto isso, para você saber que é possível conhecer ainda mais lugares em Lisboa, ou mesmo ver o que vimos em menos dias, caso não seja do time dos dorminhocos como nós.
Nós sempre gostamos de visitar mercadões quando viajamos, em Lisboa não poderia ser diferente. Fomos ao famoso Mercado da Ribeira, que funciona desde 1882.
Com o tempo e as modernizações o local passou transformações e, atualmente, além de encontrarmos o mercado tradicional, há também o espaço Time Out Market, com cerca de 30 restaurantes e bares para todos. Como nem tudo são flores, minha única reclamação é sobre o tempo de atendimento, ou melhor, sobre a falta de lugares disponíveis. Estava muito cheio, demoramos tanto para conseguir um lugar para sentarmos que quando finalmente conseguimos, já aproveitamos para almoçar. Não é um local barato, até porque me pareceu ser muito voltado para os turistas, mas vale a pena conhecer.
O Mercado da Ribeira fica na região do Cais do Sodré. É bem grande e de fácil acesso. Depois tomamos um ônibus e fomos até a Praça dos Restauradores.
Atravessamos a Praça dos Restauradores e chegamos ao ponto de saída do Ascensor da Glória. Chamam de elevador, mas na verdade é um bondinho, ou melhor, um funicular bem antigo.
O Ascensor da Glória é um dos funiculares mais tradicionais de Lisboa, liga o Bairro Alto à Baixa. Para ser mais precisa, ele liga a Praça dos Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara. O trajeto é curto, percorre somente 265m. Porém, como é uma subida bem íngreme, vale a pena, principalmente em dias muito quentes.
São dois vagões que revezam, um sobe enquanto o outro desce e se cruzam na metade do caminho.
Foi construído em 1885 e classificado como Monumento Nacional em 2002. Uma pena que tanto o ascensor quanto o lugar por onde ele passa estejam tão descuidados. Ao menos foi o que presenciei em abril de 2022.
O ascensor da Glória funciona todos os dias da semana, incluindo feriados, o valor de ida e volta é 3,80 €, para quem tem o Lisboa Card, é “gratuito”.
Ao descer do Ascensor da Glória, desfrutamos do belo Jardim Antônio Nobre, mais conhecido como Jardim de São Pedro de Alcântara e do mirante de mesmo nome.
O Jardim tem duas partes:
🔹 Na parte superior, além de árvores, um painel de azulejos e uma escultura. Havia também uma feira com produtos locais, um espaço com mesas e bancos onde passamos momentos bem agradáveis embaixo das sombras das árvores.
🔹Na parte inferior ao redor dos canteiros, além de bancos há uma série de bustos de personagens importantes da história de Portugal, entre os eles: Vasco da Gama e Luís de Camões.
O Mirante tem vistas privilegiadas de Lisboa, sem contar que ele fica em frente ao Castelo de São Jorge. Dá para passar horas ali admirando a paisagem, um local bem agradável.
Ao invés de voltarmos pelo Ascensor da Glória, optamos por caminhar pelas ruas do bairro Alto, apreciando a arquitetura. Até que chegamos ao Largo do Carmo, cheio de bares e uma praça bem movimentada e alegre.
Aqui também está o Museu Arqueológico do Carmo, onde podemos ver as ruínas do Convento, o que restou dele após o terremoto de 1755.
Construído em 1902, esse elevador nos transporta da Baixa ao Largo do Carmo onde há as ruinas do Convento do Carmo.
Além de haver uma fila, já tinham me falado que de dentro do elevador não se vê muita coisa, pois a subida é rápida (menos de 1 mim) e ele vai com cerca de 15 pessoas. Por esse motivo, preferimos subir pelo Elevador da Glória, o funicular.
Contudo, aproveitamos que estávamos ali para apreciar a arquitetura do Elevador da Justa, feito em ferro forjado, com arcos góticos e uma riquesa de detalhes impressionante. Além disso, desfrutamos das belas vistas panorâmicas de Lisboa.
Há! Nessa parte superior, logo na entrada/saída do Elevador Santa Justa há uma unidade da Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau.
Seguimos caminhando e chegamos ao shopping Armazéns do Chiado, entramos para conhecer. Trata-se de um centro comercial e cultural, com lojas, restaurantes, bares e espaços para exposições e eventos. Vimos até uma churrascaria brasileira lá dentro, pena que já havíamos comido antes.
Depois passeamos mais um pouco e, quando vimos, já estávamos novamente na rua Augusta. Aproveitamos para descansar e nos refrescar em um dos bares.
Andamos mais um pouco e vimos essa praça, onde me pareceu haver uma feira, quando chegamos vimos que se tratava do Mercado da Baixa, com produtos artesanais e típicos de diversas regiões de Portugal. Não sei dizer se funciona o ano todo ou se acontece em períodos diferentes do ano, apenas sei que esse mercado formado por barracas e tendas, faz referência ao mercado que existiu nesse local entre 1855 e os anos 1950.
Nós, obviamente paramos para saborear umas delicinhas, pedimos uma tábua de frios, vinho e sangria. Os queijos e a geleia de frutas vermelhas estavam divinos.
Há nessa praça uma estátua equestre de D. João I, obra de Leopoldo de Almeida, datada de 1971 e feita em bronze. Muito bonita e bem conservada.D. João I foi rei de Portugal e dos Algarves entre 1385 e 1433, ano de sua morte. Conhecido como “o de boa memória” e também como o “Mestre de Avis”, venceu a Batalha de Aljubarrota contra o Reino de Castela durante a Guerra dos Cem Anos. Também conquistou Ceuta, o que possibilitou a expansão portuguesa.
Após ficarmos cerca de 1 hora na Praça da Figueira, caminhamos até à Praça Dom Pedro IV, pesquisamos e vimos que ali perto havia um rooftop que nos pareceu interessante. Afinal, depois de um dia inteiro “turistando”, nada melhor do que passar o final de tarde curtindo num dos rooftops de Lisboa.
Nós fomos ao Rossio Gastrobar, com belas vistas da cidade, um atendimento excelente e linda decoração. Infelizmente, como não havíamos feito reserva, a garçonete que nos atendeu, super simpática, nos explicou que apenas poderíamos ficar ali por 1 hora, quando as pessoas que fizeram reserva começariam a chegar. Mesmo com pouco tempo, conseguimos desfrutar um pouco ali.
📍Rua 1º de Dezembro 118, 1200-360 Lisboa
Ao sairmos do rooftop, caminhamos por mais de 2 horas por várias ruas, parando em bares e lojas, até que chegamos aos jardins que ladeiam a Avenida da Liberdade.
Passeamos por ele e ali vimos a Estátua de Bolívar, o Monumento aos Mortos da Grande Guerra e outras estátuas.
Voltamos para o hotel, porém antes paramos num centro comercial onde vimos um restaurante brasileiro que vendia feijoada. Foi impossível resistir! Chegamos ao hotel por volta das 23h.
Saímos do hotel cerca de 11h e fomos em um supermercado para comprarmos vinhos. Afinal, o vinho português é bom e tem excelentes preços.
Tomamos nosso café e pegamos a estrada de volta para a Espanha. Foram algumas horas na estrada, no total são 710,7 km de Lisboa à Burgos, onde moramos.
Quero só deixar claro que normalmente, quando planejo nossas viagens, tenho o hábito de deixar um dia exclusivo sem programação nenhuma. Aprendi a fazer isso porque essa é a forma que o Rafa costumava viajar, ele ama caminhar sem rumo, sem ter aonde ir e sem hora para voltar. Segundo ele, essa é a melhor forma de conhecer lugares não turísticos e que são mais frequentados pelos moradores de qualquer cidade. No início eu tive dificuldades com isso, gostava de seguir o planejado e tinha receio de esquecer algum ponto “importante” durante a viagem. Para resolver isso, sempre deixo 1 dia livre e tento não programar nada para as manhãs durante nossas viagens. Dessa forma, agrado nós dois.
Mas porque estou contando isso? Porque pela primeira vez abri mão do planejamento, deixei que os dias em Lisboa fossem uma surpresa. A única coisa que eu fiz questão era de ir à Belém e de comer lá o tradicional pastel de Belém (pastel de nata), mas não tínhamos horário e nem roteiros.
Só teve um momento em que pensei em algo que eu estava deixando de ver, quando estávamos no mirante São Pedro de Alcântara. Eu olhei para o outro lado e me lembrei: “Poxa, não visitamos o Castelo de São Jorge. Mas, tudo bem, ainda voltarei aqui!”. E, mesmo que não seja possível voltar, eu aproveitei Lisboa ao máximo e me encantei com sua rica história, cultura vibrante e vistas deslumbrantes. Estou trabalhando o desapego, e principalmente, trabalhando a ilusão que tenho de controlar tudo, esse foi um dos passos que dei nesse sentido e me fez muito bem, indico!
Um beijo e até a próxima!
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Esta postagem foi modificada pela última vez em: 1 de setembro de 2023 22:57
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